sábado, 15 de fevereiro de 2014

CIDADES DO PARANÁ QUE É NOME INDÍGENA

ANDIRÁ: nome Tupi no morcego, o que o liga à área semântica da fauna.

ARAPONGA: Como nome comum, a palavra designa um pássaro das família dos cotingídeos (Procnias nudicolis). Desse sentido primitivo, foi transferido semanticamente para o homem, como alcunha. Daí, passou a designar famílias e, no plural, o tópico municipal paranaense. Formada pela justaposição de ará, ‘ave’ - ponga, gerúndio supino do verbo pong, ‘fazer ruído’; donde: ‘ave de canto sonante’”.

ASSAÍ: Forma simples que nomeia a fruta ácida da palmeira Euterpe oleracea, de que se faz suco, o que a liga semanticamente à flora. A ortografia vigente determina que seja escrita de outra forma: açaí.

CAMBARÁ: Forma simples, variação lingüística de camará, designação comum a várias plantas das famílias das verbenáceas e das solanáceas, especialmente a Moquina polymorpha, o que a liga semanticamente à flora.

CURITIBA: O nome da capital paranaense é uma lexia formada pela justaposição dos seguintes lexemas Tupi: kuri, ‘pinheiro’, + tyba, ‘muito, lugar onde há muito’; donde: ‘sítio onde há muitos pinheiros, pinhal’; o que o liga semanticamente à flora.

GUAÍRA: Sampaio (1957) lhe aponta por étimo a expressão kûá-y-rã, “passar não há de”, e informa que, conforme Batista Caetano, guaíra era o nome Tupi para o salto das sete quedas. Correta essa interpretação, a lexia tem originalmente uma formação lexical complexa e está ligada semanticamente aos acidentes geográficos.

GUARANIAÇU: Nome composto da justaposição de guarani, etnônimo indígena, e de açu, grande; donde: ‘o grande guarani’, o que o liga semanticamente à cultura.

GUARAPUAVA: Sampaio (1957) aponta duas justaposições como possíveis étimos para este nome: guará-poaba, ‘rumor dos guarás’; ou guirá-poaba, ‘rumor dos pássaros’, ambos os quais ligam-no semanticamente à fauna. Ferreira (1997:331) informa um sentido curioso desta lexia na área dialetal do Estado de São Paulo: “cavalo árdego, espantadiço e pouco resistente”.

IBATI: Forma simples designativa do milho, em Tupi, o que a liga semanticamente à flora. Há registros entre cronistas e jesuítas dos séculos XVI e XVII da variante ibatim.

IBIPORÃ: Nome composto da justaposição de ybi, ‘terra’ + porã, ‘habitante’; donde: ‘o habitante da terra’, o que o liga semanticamente à cultura.

IGUAÇU: Em português, já como topônimo, esta palavra nomeia um rio da região de fronteira do Brasil com o Paraguai. Desta designação, ele passa a constar em pelo menos dois topônimos municipais paranaenses. Sua origem é a justaposição dos seguintes lexemas Tupi: y, ‘água, rio’, + uaçu, ‘grande’; donde: ‘rio grande, caudal, queda d’água’, o que o liga semanticamente aos acidentes geográficos.


IRATI: Na língua comum, em que também assume a forma iraxim (cf. Ferreira 1997:370), designa uma espécie de abelha brasileira nativa (Trigona limão Smith), o que a liga à fauna. Deriva de alterações fonéticas da forma Tupi eîratim.

IVAIPORÃ: Nome composto da justaposição de ybá, ‘fruta’ + y, ‘rio’ + porã, ‘habitante’; donde: ‘o habitante do rio das frutas’, o que o liga semanticamente à cultura.

JACARÉ: Na língua comum é o nome genérico de várias espécies de répteis crocodilianos, do gênero Caiman. Seu étimo iá-karé, que Silveira Bueno (1978) traduz por ‘aquele que olha de lado, aquele que é torto’, sem dar maiores explicações, sugere uma formação justapositiva. A palavra compõe o topônimo municipal paranaense Jacarezinho, pela justaposição do sufixo diminutivo português -(z)inho.

JAGUAPITA: alteração fonética de jaguapitanga, nome que, na língua comum, designa uma raposa de pelo avermelhado, o que a liga semanticamente à fauna.

JANDAIA (do Sul): Na língua comum, a palavra jandaia nomeia um pequeno papagaio de cabeça, peito e encontros amarelos, o Psittacus surdus. Entra na composição do topônimo paranaense pela justaposição do sintagma “do Sul”. Pelo sentido original de jandaia, pode-se relacionar o topônimo à área semântica da fauna.

MANDAGUARI: Na língua comum, a palavra nomeia uma espécie de abelha brasileira nativa - Nannotrigona (Scciptotrigona) postica Latricelle -, o que a liga semanticamente à fauna. Sampaio (1957) esclarece o étimo desta palavra: mandá-guaí, ‘ninho delicado, bonito’.

MARINGÁ: A que é conhecida por ‘cidade canção’ tem por étimo mais provável algo muito menos doce que o seu epíteto sugere. Parece proceder de alterações fonéticas da forma Tupi marigûã, ‘peneira para pescar’, o que liga o tópico à área semântica da cultura. Ferreira (1997:418) registra-lhe um sentido próprio da fala dos criadores brasileiros: o de qualificativo a bovídeos ou caprinos de pelo claro salpicado de negro.

PARÁNÁ: O único dos três estados sulistas a ter nome de origem Tupi é o Paraná, que vem da justaposição de pará, “caudal”, com anã, “parente, semelhante”; donde: “semelhante ao caudal, mar”, o que o liga semanticamente aos acidentes geográficos. Ferreira (1997:482) registra dois sentidos desta forma na variedade amazônica de português do Brasil, como nome comum: “braço de rio caudaloso, separado deste por uma ilha; caudal que liga dois rios.

PARANAGUÁ: Nome formado pela justaposição de paraná, Paraná (v.), + guá, ‘enseada, baía’; donde: ‘enseada ou baía do mar’, o que a liga semanticamente aos acidentes geográficos.

PARANAVAÍ: Nome formado pela justaposição de paranaguá (v.) + y, ‘rio’; donde: ‘rio da enseada do mar’, o que a liga semanticamente aos acidentes geográficos.

PIRAÍ: Resultado da justaposição de pirá, “peixe”, + y, “rio”; donde: “rio dos peixes”, compõe o topônimo municipal paranaense Piraí do Sul, ligando-o semanticamente aos acidentes geográficos. Ferreira (1997:507) registra-lhe um outro sentido, também correto: “peixe pequeno”, de pirá, “peixe”, + im, “pequeno”.

PORECATU: Não é totalmente certa a procedência Tupi deste topônimo. Pode ser guarani. Sendo uma voz Tupi, seu provável étimo é boré, ‘instrumento de sopro indígena, semelhante a uma flauta ou apito, + katu, ‘bom’; donde: ‘a boa flauta’, o que o ligaria semanticamente à cultura.

TAMANDARÉ: resultado da aglutinação de taman-duá, ‘tamanduá’, + ré, ‘verdadeiro’; donde: ‘o tamanduá verdadeiro’, o que a liga semanticamente à fauna.

UBIRATÁ: Sampaio lhe aponta o étimo a seguinte justaposição: ybirá, ‘pau, árvore’ + itá, ‘pedra, ferro’; donde: ‘pau-ferro’, o que a liga semanticamente à flora.

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COBERTORES DOADO PELA PASTORAL INDÍGINISTA DE LARANJEIRA DO SUL

 NOS DIAS DE FRIO DE 2013,FUI ENCARREGADO DE LEVAR COBERTORES PARA ALDEIA INDÍGENA LOCALIZADO NA PEDREIRA.PARA ISTO AS IRMÃS DE LARANJEIRAS DO SUL TROUXERAM COBERTORES DA PASTORAL JÁ QUE ESTÁVAMOS PROIBIDOS DE DOAR ROUPAS E ALIMENTOS DO AUXÍLIO FRATERNO.
NOSSOS AGRADECIMENTOS AS IRMÃS QUE ENTENDENDO A SITUAÇÃO E  NOS AJUDARAM.