sexta-feira, 10 de agosto de 2012

ÍNDIOS DE GUAÍRA

 É muito fácil criticar as pessoas quando não convivemos com elas para ver a realidade.Falta de moradia,luz,água encanada,saúde,alimentação e educação.
O índio nas aldeias de guaíra vivem na extrema pobreza.Falta tudo e em muitas casas que passamos já era quatro horas da tarde e as crianças não tinha o que comer.
Constatamos que a mãe estava preparando  mandioca para comer naquele dia.
Sempre trabalhamos na igreja com pessoas pobres,mais estar com os indígenas e com todas as suas crianças é para nós uma experiência nova.
Conhecemos suas realidades,convivemos com suas
dores e suas lutas e descobrimos que eles querem o melhor para os seus filhos como nós (não índios) queremos para os nossos.
Eles tem seus direitos assegurados,mas sabemos que o governo não tem feito o seu dever de casa.
Em dias de temporais,muitos deles passam noite sem dormir, muitas vezes numa escuridão total.
a maioria das casas molham dentro e as roupas eo local de dormir as vezes fica encharcado.
As crianças estão quasse sempre doente:diarréia,
vômito,gripe,conjutivite etc.
Sofrem discrimanação e muitas vezes são criticados

Eles não tem proposto de tomar terra de ninguém.Apenas lutam pelo seu direito de ter de volta as suas terras,esperando do governo e dos orgãos competentes uma imediata decisão.
Eu sei e eles tambem sabe que não estão sozinho e que muitas pessoas espera que o melhor aconteça em seus Tekoas.
Com o escritório  da Funai( Fundação Nacional Do Indio) aqui em Guaíra,vejo que eles tem a partir de agora a quem pedir socorro porque esta é a função do orgão.

 Compete à Funai promover a educação básica aos índios, demarcar, assegurar e proteger as terras por eles tradicionalmente ocupadas, estimular o desenvolvimento de estudos e levantamentos sobre os grupos indígenas. A Fundação tem, ainda, a responsabilidade de defender as comunidades indígenas; de despertar o interesse da sociedade nacional pelos índios e suas causas.
Parabéns as aldeias pela conquista  das escola que em breve estará construída na Tekoha Porã.E com certeza a luta contínua para os povos Guaranis.                                                                                            

As casas são erguida com o que eles tem,é tudo quasse sempre bem cuidado na medida do possível.
As crianças são alegres e a gente se apaixona por elas.

   No dia da Celebração da vida ,levamos suco natural e bolo.Enquanto as crianças é pesada cantamos e dançamos com eles.É muito bom este contato da igreja com eles procurando sempre respeitar a sua cultura.                                         
                                                                                  
José Flávio e Kátia Godoi. 




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 Procurador pede que sejam cumpridas normas constitucionais que garantem condições mínimas de saúde, alimentação, higiene e bem-estar para comunidades indígenas.


O Ministério Público Federal (MPF) em Umuarama (PR) propôs ação civil pública, na última sexta-feira, 3 de outubro, contra a União, a Fundação Nacional do Índio (Funai), a Fundação Nacional de Saúde (Funasa), o estado do Paraná e os municípios de Guaíra e Terra Roxa para garantir direitos das comunidades indígenas da região.

O MPF solicitou, liminarmente, que a União efetivamente cumpra as normas constitucionais relativas às populações indígenas de Guaíra e Terra Roxa, proporcionando as mínimas condições de saúde, alimentação, higiene e bem-estar para as comunidades ali existentes.  Na mesma ação, solicitou que o estado do Paraná preste o ensino obrigatório e gratuito aos índios. Para tanto, o estado deve construir escolas indígenas para as comunidades e contratar todo o pessoal necessário. A ação também pede que o estado atue complementarmente no custeio e execução das ações e serviços de saúde voltados para o atendimento das populações indígenas.

Aos municípios de Guaíra e Terra Roxa, solicitou-se que atuem no campo da educação indígena, em regime de colaboração com a União e o estado do Paraná, se tiverem condições técnicas e financeiras, e também no custeio e execução das ações e serviços de saúde voltados para o atendimento das populações indígenas, de maneira complementar.

A ação civil pública é resultado de procedimento administrativo instaurado mediante representação do município de Guaíra, que noticiou a ausência de atendimento da Funai e Funasa aos índios acampados naquele município. Apurou-se que as comunidades indígenas existentes na cidade de Guaíra e Terra Roxa estão em situação precária e degradante, não possuindo as mínimas condições de sobrevivência, já que não possuem acesso integral à saúde, alimentação, higiene e educação escolar.

Constituição - A ação fundamenta-se na Constituição Federal, que nos artigos 5° e 6°, assegura o direito à educação, saúde e assistência aos desamparados, dando-se aplicabilidade aos preceitos constitucionais que elegeram tais bens como direitos fundamentais do indivíduo, principalmente a dignidade da pessoa humana. Também se baseia em leis infra-constitucionais, como a Lei 8.080/90, que obriga a realizar as ações e serviços de saúde voltados para o atendimento das populações indígenas, com o objetivo de preservar a vida; a Lei n° 10.172/2001, que traz capítulo específico sobre o tema da educação indígena, atribuindo a tarefa aos estados, sob orientação dos órgãos da União, e permitindo que os municípios colaborem se tiverem condições técnicas e financeiras.

ACP nº 2008.70.04.002232-9


Assessoria de comunicação
Procuradoria da República no Estado do Paraná
Fone: (41) 3219-8870/ 3219-8843/ 9917-2257
E-mail: ascom@prpr.mpf.gov.br

DEZ ALDEIAS FECHAM A PONTE AYRTON SENNA EM GUAÍRA.

Índios de Guaíra e Terra Roxa fecharam hoje às 8 horas, a Ponte Ayrton Senna, em Guaíra.
Segundo o cacique Marciliano Lopes Cardoso, da aldeia guarani Tekohá Araguaju, de Terra Roxa, a manifestação é pacífica e tem o objetivo de chamar a atenção das autoridades para reivindicações das dez aldeias indígenas existentes em Terra Roxa e Guaíra.
O cacique contou que há cerca de três anos os 163 índios que vivem em três aldeias de Terra Roxa estão aguardando que o governo estadual cumpra a promessa de construir uma escola para atender as crianças daquelas comunidades.
Da mesma forma, eles aguardam a ampliação de uma escola que atende as sete aldeias de Guaíra.
O assessor especial de Assuntos Fundiários do Paraná, Hamilton Serighelli, vem acompanhando a manifestação dos indígenas e afirma que nos últimos dois dias vem mantendo um diálogo com as lideranças.
Ele oficializou o compromisso, que antes era verbal, de construir escolas em Terra Roxa, Guaíra e Santa Helena.
Hamilton justifica que não foi possível implantar antes as escolas porque as terras onde estão instaladas as aldeias são áreas litigiosas, e que por isso precisam de autorização judicial para que se construa nelas.
Conforme Serighelli, nas áreas regularmente demarcadas o governo tem feito, mas nas áreas litigiosas tem que aguardar decisão judicial.
O assessor especial de assuntos fundiários do Paraná, comenta que muitas reivindicações dependem exclusivamente do governo federal.
-reportagem e imagem da rádio guaíra am.

sábado, 4 de agosto de 2012

Cimi denuncia crescimento de danos ambientais em áreas indígenas durante lançamento de relatório, nesta quarta-feira


Inserido por: Administrador em 12/06/2012.
Fonte da notícia: Assessoria de Comunicação - Cimi

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) lança nesta quarta-feira, 13, às 9h30, no auditório Dom Helder Câmara da CNBB, os dados de 2011 do Relatório Anual de Violência Contra os Povos Indígenas no Brasil.

Números referentes aos danos ambientais praticados em terras indígenas cresceram entre 2010 e 2011, como aponta o relatório. No ano passado, foram registrados 42 casos de invasões possessórias e exploração ilegal de recursos naturais; em 2010 foram registrados 33 casos.

Obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e desmatamentos, causados por grileiros e madeireiros, estão entre as principais causas dos danos ambientais. Para o Cimi, tais danos se configuram como violências contra o patrimônio.  

Em relatório divulgado recentemente, a Anistia Internacional menciona a violação dos territórios indígenas pelas frentes de expansão agropecuária como forma de degradação ambiental e aumento de risco social para os povos indígenas – posto que tais comunidades são protetoras naturais do meio ambiente.

Regularização de terras: meio ambiente e mortes   

A morosidade do governo federal em demarcar e homologar as terras indígenas expõe ainda mais os territórios às ações de depredação ambiental e configura como uma das principais causas dos danos ambientais. Em 2011, apenas três terras foram homologadas pela presidenta Dilma Rousseff – o pior resultado num primeiro ano de governo desde José Sarney.

No total, o ano passado encerrou com 342 terras indígenas sem qualquer providência do governo federal, ou seja, um terço do total de terras indígenas, que soma 1.046. Com isso, conforme o Relatório, o meio ambiente e seus residentes, os índios, ficam expostos aos madeireiros, grileiros, garimpeiros e agronegócio.

Submetidos às violências mais diversas, como ameaças, racismo e mortes, o relatório aponta uma média de 55 assassinatos por ano entre 2003 e 2011, num total de 503 mortos nesse período. Em 2011, foram 51 vítimas. O conflito fundiário é uma das causas mais destacadas. No entanto, tais fatores repercutem de maneira diferente entre os povos indígenas, diversos entre si e que reagem de maneira distinta um dos outros frente às violências.

O Relatório do Cimi traz um dado alarmante, nesse sentido: entre 2000 e 2011, foram registrados 555 suicídios de índios no Mato Grosso do Sul, estado da maior etnia do país, a Guarani Kaiowá. No ano passado, 45 indígenas se suicidaram; em 2010 foram 42 casos. A incidência está entre jovens de 14 a 18 anos e adultos entre 21 e 30 anos, sendo de maioria do povo Guarani Kaiowá.

Na saúde, a desassistência do Ministério da Saúde motivou a morte de 44 indígenas; em 2010 foram 25 casos. O estado do Amazonas lidera a lista com 14 mortes.